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Conselhos empresariais fortalecem a governança Fonte: Diário do Comércio , 10/11/2021

A imagem de uma comportada reunião de senhores de cabelos brancos, dedicados a se pronunciarem sobre questões formais de uma empresa consolidada e líder de mercado, já não condiz com o verdadeiro perfil de um conselho empresarial – seja ele consultivo ou de administração. A busca das empresas por diversidade, com o objetivo de entender seus públicos e dar conta de lidar com um mundo de relações tão desmaterializadas quanto complexas, chegou aos conselhos.

A construção de uma visão de futuro é um dos principais papéis de um conselho. A tendência foi acelerada pela pandemia, em que pese as questões formais que continuam existindo. Para o diretor do Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral (FDC), Paul Ferreira, existe um movimento muito forte de desenvolvimento dos conselhos. A ideia é fortalecer a governança para garantir a perenidade do negócio.

“Nesse caso estamos falando mais dos conselhos consultivos, já que o conselho de administração é obrigatório para as empresas listadas em bolsa. Os conselhos são formados para apoiar e desenvolver a sustentabilidade da empresa. A longevidade das empresas no mundo está diminuindo e a governança pode se fortalecer através dos conselhos que apoiam a liderança executiva – responsável pela estratégia no longo prazo -, ajudando na incorporação de tendências, oportunidades e também riscos. E, por fim,
fortalecer o compliance”, pontua Ferreira.

Para o professor, a visão estratégica sobre o capital humano deve começar pelo próprio conselho. Para que funcione bem, deve ser bem constituído. Os de administração têm que ter um número mínimo de conselheiros independentes, de acordo com a legislação. Já nos consultivos é mais difícil, porque são menores. A maioria tem seis pessoas.

“Antigamente era um caminho mais linear, hoje você tem que contemplar a diversidade nas suas mais diferentes faces, observando perfis pessoais e profissionais. É preciso considerar questões de gênero, etnia, idade, orientação sexual; e também funcional, como em tecnologia, marketing, produto, financeiro, entre tantas outras”, pontua.

Mas, apesar do esforço, ainda falta bastante. Segundo pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial (IBDEE), em maio, excluindo-se do cálculo as pessoas que representam mais de um pilar da diversidade, 42% dos assentos em conselhos de administração ou consultivo são ocupados por pessoas que representam ao menos um dos pilares da diversidade, onde se destacam o pilar geracional (pessoas menores de 50 anos), com parcos 22% dos assentos, e o pilar gênero (mulheres), com apenas 17% dos assentos.

E é nesse sentido que a própria FDC trabalha internamente. Famosa por formar conselheiros através do seu Programa de Desenvolvimento de Conselheiros (PDC), ela implanta o que prega e vem diversificando o seu Conselho Curador – unidade de decisão máxima na estrutura de governança da Instituição.

Em setembro, três novos membros foram admitidos: o fundador e CEO Global da Stefanini, Marco Stefanini; o fundador da MRV e do conselho do Banco Inter, Rubens Menin; e a especialista em política econômica e conselheira econômica sênior da Iniciativa de Política de Desenvolvimento Econômico da África (AEDPI), Obiageli Ezekwesili.

Segundo o cofundador e presidente da Diretoria Estatutária da FDC, Emerson Almeida, a principal atribuição do Conselho Curador é assegurar a longevidade e zelar pelos valores e propósitos da instituição. O Conselho tem 15 membros.

“Buscamos não apenas perfis diversos mas, principalmente, aderentes aos valores da Fundação. Tínhamos como critérios as questões da tecnologia, diversidade étnica e responsabilidade social. Os três novos membros têm essas características muito fortes. O conselho de uma instituição como a nossa é diferente porque não é remunerado mas exige a mesma dedicação. A questão do propósito aqui é ainda mais forte”, afirma Almeida.

Para o fundador da MRV e mais novo membro do Conselho Curador da FDC, Rubens Menin, integrar o Conselho da Fundação é uma forma de retribuir à instituição e à sociedade parte do que foi recebido como formação na escola de negócios sediada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

“Trabalhamos com a FDC há quase 30 anos. Fiquei muito satisfeito por ter sido convidado para contribuir com um projeto que muda a vida do nosso País. A vida só tem sentido se deixarmos um legado. Participo também de conselhos de empresas que são listadas na bolsa. A empresa precisa se abrir para o mundo, para ter insights de pessoas extremamente competentes e que querem influenciar para o bem. Na FDC aprendi a dar valor às reuniões de conselho como um lugar de aprendizado, de troca de ideias”, pontua Menin.

Empresas têm buscado uma visão mais ampla
Segundo os dicionários mais acessíveis na internet, a palavra “conselho” significa opinião, ensino ou aviso quanto ao que cabe fazer; opinião, parecer. Ou ainda, bom senso; sabedoria; prudência. Embora o ditado popular diga que “se fosse bom, ninguém dava, vendia”, ouvir uma voz experiente e que pode analisar determinada questão sob um novo ponto de vista e indicar um melhor caminho, é uma dádiva para pessoas e também empresas.

Nos conturbados tempos em que vivemos, a busca por uma visão mais ampla da realidade dentro das organizações tomou uma importância ainda não vivenciada e as companhias bateram às portas da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em busca de ajuda.
Com isso, a Federação lançou o seu Programa de Desenvolvimento de Conselheiros, que já está na décima turma (a quarta só esse ano). Até agora, já foram formados 259 conselheiros.

De acordo com o presidente da Fiemg – de quem partiu a ideia do curso -, Flávio Roscoe, um dos objetivos é formar conselheiros para a própria entidade.

“A ideia é capacitar pessoas para serem conselheiras na Fiemg e também para as empresas. Hoje se fala muito na importância dos conselhos, mas ainda temos pouca compreensão do que deve ser feito. Buscamos uma abordagem técnica e, claro, com um olhar especial para a indústria. Os candidatos a conselheiros precisam desenvolver uma visão estratégica, que não pode ser só de curto prazo. A diversidade é outro fator muito importante. As decisões devem ser tomadas com base na rica contribuição de pessoas diferentes. O mercado tem entendido bem e tem recomendado. Posso comemorar que temos conselheiros formados aqui distribuídos pelas cinco mais importantes empresas do Brasil”, destaca Roscoe.

A pandemia, claro, lançou novos desafios para os organizadores do programa. O primeiro deles, transformar a modalidade de presencial para 100% on-line, em formato síncrono (ao vivo). Segundo a gerente de Educação Executiva do Instituto Euvaldo Lodi – Minas Gerais (IEL-MG), Rejaine de Almeida, foram necessários incrementos de carga horária e de novos módulos e palestras com temas prioritários nas agendas dos conselheiros na atualidade, que vão de governança de privacidade e proteção de dados a inovação, transformação digital e ESG.

“As empresas estão buscando aconselhamento, ajuda. Tudo aquilo que elas sabiam não responde às perguntas atuais. E aí vem o olhar para a governança. As que já tinham precisam avançar, avaliar. As demais, precisam implantar. Isso é uma questão de sobrevivência, está atrelada à longevidade. É um erro achar que é só para abrir capital. A empresa faz isso para que tenha agilidade no processo de tomada de decisão sem perder a visão de longo prazo. É importante ter diversidade de bagagens, de experiências para ter soluções mais assertivas. Ainda estamos um passo atrás na diversidade total. Há um esforço muito grande, mas são muito barreiras, porque tem que haver uma inserção das pessoas no próprio contexto empresarial. É uma quebra de paradigma. A consciência vem do debate”, completa Rejaine de Almeida.

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